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Em ascensão e constante mudança, Vitória Pedra lança single

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Vitória Pedra começou a sua trajetória no autoral de forma inesperada e efêmera, com a banda de rock alternativo Bad News Bad News: em menos de um ano, entre 2019 e 2020, foram um EP, dois videoclipes e uma live session lançados, além de vários shows com o grupo, que voltou a divulgar material no ano passado, com o single “On My Own”. A carreira solo da artista de Biguaçu vem se consolidando com oportunidades importantes, seja nos palcos ou em estúdio. As músicas de Vitória não chamam a atenção apenas pelo talento, mas também pela ausência de uma sonoridade definida: a cantora e compositora deu os primeiros passos no folk/pop leve, com destaque para “Amor de verão” (2022), gravou “Recomeço e só” (2023) com a orquestra Camerata Florianópolis, e nos últimos lançamentos vem flertando com o rock, mas sem perder a essência pop.

“Dezembro”, o último single, que saiu no dia 8 de maio nas plataformas digitais, é diferente não só nessa questão de experimentar outras estéticas. Ao contrário das canções anteriores, essa é a primeira que não tem a ver com a vida ou algo relacionado a artista. De alguma forma é como se fosse. A faixa foi escrita a partir do olhar de outra pessoa e fala do relacionamento de um casal, o que foi um exercício de composição interessante. “Eu escrevi “Dezembro” a partir do olhar da Lígia, esposa do Chrystian (guitarrista, produtor e tio), sobre o relacionamento deles, de áudios e textos sobre como eles se conheceram e as diversas fases. Busquei escrever algo que cantaria para o meu namorado, caso estivesse vivendo a mesma situação. Coloquei minha mente e alma nesse projeto e é muito legal ver isso crescendo e alcançando as pessoas”, afirmou. Em contato com o Rifferama, falou sobre as diferentes faces do seu trabalho solo.

— Meus lançamentos tiveram fases e estilos diferentes. A música vai muito além de uma caixa que a gente se coloca dentro. Os artistas que admiro têm diversas facetas e estão sempre em constante mudança e evolução. Acho importante ter essa liberdade poética, de estilo e visual. Nos próximos lançamentos pretendo mudar, trazer para uma linha de rock alternativo, com uma característica pop. Por muito tempo eu tive medo de me lançar como artista por eu achar que deveria ter um visual icônico ou fazer músicas em tal estilo, mas o caminho se constrói andando, a gente precisa dar o primeiro passo, depois o outro. É importante eu reconheceu o meu próprio caminho. Meus pais sempre me incentivaram a tocar e não depender de ninguém para cantar. Não sou uma grande violonista, mas quem vai representar a minha música como eu? A verdade está mais próxima quando toco e me sinto feliz de ter alcançado isso, fazer shows sozinha. Tenho muito a evoluir ainda e a graça é essa.

Foto: Nicole Almeida

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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