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O universo sensível, contemplativo e verde de Mariana Rotili

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Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A cantora, compositora, atriz e fotógrafa Mariana Rotili vive em outro ritmo. Natural de Santo Augusto (RS), a artista é radicada em Florianópolis há mais de 20 anos e desde 2017 mora em uma casa azul na floresta nativa do Canto da Lagoa. Entre rios, plantas, pedras, fungos e muito céu e sol, Mariana teve a inspiração para começar a escrever as suas próprias canções. O single “Vegetalismãs”, lançado em junho nas plataformas digitais, faz parte do repertório do álbum “A flor da voz”, que vem sendo preparado desde 2019. A faixa foi gravada no estúdio Abacateiro, com direção musical, violão e synths de Paulo Ohana e produção musical, baixo, percussão e synths de Mateus Romero. A mixagem e masterização são de Murilo Gil. Uma campanha de financiamento coletivo está aberta para viabilizar o projeto, que tem duas metas: R$ 18 mil (quatro músicas) e R$ 35 mil (oito). O prazo para apoiar se encerra em oito dias.

Mariana Rotili compôs “Vegetalismãs” para compartilhar o seu universo sensível e contemplativo. “Fiz ela no desejo de que quem ouvisse experimentasse outra frequência, que no meio de tanta distração, ela fosse um sopro de frescor, como aquela puxada de ar limpo que a gente dá quando está em lugares com muito verde e que parece nos acariciar por dentro”, contou. Além do canto e da escrita, a artista também estudou teatro, dança e performance, sendo a teatralidade um fator de destaque nas suas apresentações. Mas a sua maior influência em “A flor da voz”, sem dúvida, é o ambiente em que vive. “É só através da generosidade das plantas que podemos respirar, viver e cantar”, complementa o release da artista. Em contato com o Rifferama, Mariana falou sobre a expectativa de colocar esse trabalho no mundo e do seu processo criativo e a transformação pela qual o álbum passou nesses últimos cinco anos.

— “A flor da voz” é um trabalho que está em maturação desde 2019, se transformando, mas em tempo de ação. Passei bastante tempo em concentração e agora estou nesse pique da realização e materialização. Esse projeto já gerou criações em diferentes linguagens, vídeo, fotografia,  colagem e outros escritos também, mas é de fato o meu primeiro disco, canções que afloram a minha voz, e de um repertório que já mudou, para que ele venha com a força do agora, do que estou sentindo, compartilhar um processo que é muito a minha vida, uma série de relações sensíveis que acontecem muito vinculadas ao lugar onde eu vivo. Transformo em poesia o que sinto, então são canções que falam desses muitos mundos que há no mundo, que buscam também apontar para uma outra narrativa. O que tem depois do fim? É um estado de deixar a natureza cantar através. A natureza é rock and roll, ela tem suas tensões, seus gritos e expressões e eu tento dar passagem para que isso vire música.


Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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