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Oath of Persistence: amor por fazer música e ao death metal

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Em 2022, o multi-instrumentista e produtor Christopher Abel assistiu um show do Cannibal Corpse e pela primeira vez em sete anos sentiu vontade de tocar ao vivo novamente. Faltava transformar o seu projeto Oath of Persistence, que começou em 2016 após o fim da South Legion, em uma banda de verdade. Com a entrada de Diogo Marostica, baterista conhecido na cena do metal catarinense, o músico produziu “Fear of the Unknown”, disco lançado no dia 15 de fevereiro nas plataformas digitais — o álbum também ganhou uma versão em CD pela BC Noise Records. Com exceção da bateria, que foi captada no Undercave Studio, em São José, os vocais, as guitarras e o baixo foram gravados em casa por Christopher Abel, que também fez a mixagem do material e toda a parte gráfica. A masterização ficou a cargo de Roger Fingle.

“Fear of the Unknown” traz um death metal que mescla características da velha escola do estilo, mas com outras influências, do hardcore e com solos neoclássicos, inspirados em guitarristas como Luca Turilli (Rhapsody), com uma produção moderna. A proposta no começo era ser apenas um duo, mas a Oath of Persistence precisava de um baixista para encarar os palcos e preencher o som brutal escrito por Christopher Abel. A banda testou alguns amigos e chegou a cogitar resolver a situação com algo mais eletrônico, até que apareceu Renan Uller, que toca guitarra e bateria em outros grupos, mas é baixista de origem. Com o time completo, o objetivo agora é tocar para divulgar o disco: até o momento, a Oath of Persistence já se apresentou em Porto Belo, Curitiba, Blumenau e Laguna e tem um festival agendado para maio em Balneário Barra do Sul. Em contato com o Rifferama, o vocalista e guitarrista falou sobre o processo de produção de e sonoridade “Fear of the Unknown”. Nesta sexta-feira (1º) de março sai o clipe para “At the Gates of R’lyeh”.

— A produção do disco foi toda feita por mim, com exceção da masterização. O Diogo dá sugestões, principalmente na parte da bateria. Fiz esse projeto em 2016 quando a minha antiga banda acabou, o nome é sugestivo, é a continuação do meu amor pela música, meu juramento de persistência, queria continuar fazendo isso mesmo que fosse apenas para mim. A parte de produção musical foi uma questão de necessidade no início, entre erros e acertos acabei aprendendo. Esse é o quarto álbum que produzi, o terceiro que faço sozinho. A gente tenta alcançar o som de bandas que tu gosta, que gravaram em estúdios caros, e conseguir chegar perto disso fazendo no teu quarto acho uma coisa incrível. As nossas bandas antigas eram extremamente técnicas e rápidas, entrei num conceito com o Diogo de que queria que as pessoas apreciassem mais o som, demos uma freada na velocidade e na técnica, optamos pelo agressivo numa parte mais simples, misturamos influências de várias coisas. Tentei fazer algo para agradar todo mundo, mas manter aquele pé no death metal, que é a proposta desde o começo.

Foto: Thiago Horta

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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