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Roger Corrêa: essência regional ligada à música do mundo

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O acordeonista e compositor Roger Corrêa, natural de Guaíba (RS), chegou em Florianópolis aos 19 anos para estudar o choro. Não demorou para o jovem gaiteiro conquistar o seu espaço e começar a tocar com grandes músicos da cidade, como o mestre Wagner Segura, que o abriu muitas portas, e a turma do jazz, como o violonista Felipe Coelho e baixista Tiê Pereira, entre outros. Antes da pandemia, Corrêa se apresentava quase diariamente — além da cena instrumental, o acordeonista frequentou muitas rodas de samba e não perdia um forró. A pausa forçada foi a deixa para escrever as suas primeiras canções e o trabalho autoral veio em 2021, ao lado da violinista Iva Giracca, com quem lançou um álbum em quarteto no ano seguinte, com Arthur Boscato (violão) e Alexandre Damaria (percussão): foi indicado a melhor compositor no Prêmio Açorianos por “Sul em aquarela”. O repertório foi apresentado no Instrumental Sesc Brasil, em São Paulo.

Aos 25 anos, Roger Corrêa, que atualmente está na Europa para uma turnê de três meses por Espanha, Itália, Áustria, Alemanha e Holanda, está vivendo uma fase de muitas oportunidades, tendo se apresentado com a Camerata Florianópolis como solista em mais de 20 concertos, e com uma série de shows agendada para setembro pelo estado do projeto com Iva. Em março, o acordeonista também divulgou o seu primeiro single como artista solo. “Guaíba”, que homenageia a sua cidade natal, traz Tiê Pereira no baixo acústico, Daniel Grajew no piano e Rodrigo Porciúncula na bateria, e faz uma ponte entre a música da América do Sul, sua principal influência, com a improvisação do jazz e os ritmos cubanos. Em contato com o Rifferama, Corrêa falou sobre a sua trajetória até chegar em “Guaíba”, que é a sonoridade que pretende seguir daqui em diante.

— Eu vim pra Floripa para entrar em contato com a linguagem do choro e da música brasileira. De onde eu venho não tem isso, eu toco desde os seis anos de idade, a partir dos 13 comecei a tocar em banda, grupo, acompanhando cantor de música gaúcha, tocava baile de 4h em pé. Essa foi a minha formação. Comecei a compor no meio da pandemia, tocava em muitos projetos e lugares, quando chegou a pandemia pensei em que música eu realmente queria fazer e quando compunha nascia essa música com influência da América do Sul, da música cubana e do jazz. Minhas composições têm um pouco de cada desses elementos. “Guaíba” é um novo momento, um novo passo que eu dei, também da concepção, é um tema que me permiti improvisar mais, aflorar esse lado mais do jazz, das texturas sonoras. É uma direção que eu quero fazer, que tenha essas três vertentes que estão direcionando esse trabalho.

Ficha técnica

Composição e acordeão: Roger Corrêa
Daniel Grajew: piano
Rodrigo Porciúncula: bateria
Tiê Pereira: baixo acústico
Áudio: Renato Pimentel
Vídeo: Rodrigo de Freitas e David Toledo
Gravado ao vivo no The Magic Place Studio

Foto: Tóia Oliveira

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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