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Sem saber se a Stall the Örange ainda existe, o músico Luiz Libardo, de Brusque, formou a Torvelim (foto) e conseguiu satisfazer dois desejos de uma só vez. Em vez do indie rock com letras em inglês, o cantor, compositor e guitarrista passou a escrever canções em português ambientadas numa estética oitentista, com fortes influências do pós-punk. Outra vontade que saiu do papel foi gravar os amigos do Pétala Quinto. O convite do produtor Davi Carturani, do Estúdio Pistache, que se mudou recentemente para São Paulo, parecia a oportunidade perfeita para fazer acontecer a parceria. E foi assim que surgiu “O que ficou pra trás”, single composto por Libardo e Zeca Zendron, vocalista do Pétala. Além da dupla, participaram da faixa o baixista Joaquim Roxo (T) e o baterista Antonio Luiz da Silva Neto (PQ), mas a turma toda aparece no videoclipe filmado por Lucas Navarro. O projeto foi financiado pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Brusque.
Luiz Libardo (voz e guitarra) começou a Stall the Örange em 2017 e desenvolveu um trabalho consistente que encerrou (?) no lançamento do álbum “Colours Are Distorted”, em novembro de 2021. A Torvelim chegou no ano seguinte com outra proposta, de ser banda mesmo, com Joaquim Roxo (baixo) e Lucas Francisco (bateria), formação que gravou o EP “Quem me dera não sentir”, que saiu em novembro de 2022. “O que ficou pra trás”, single divulgado no fim de abril, apesar do clima descontraído das imagens do clipe, traz uma reflexão sobre amor próprio e empatia. Em contato com o Rifferama, Libardo falou sobre a parceria com o Pétala Quinto, a questão de compor em português e também revelou que o grupo tem um álbum em fase de finalização e deve sair nos próximos meses.
— Eu tenho/tinha a Stall, não sei, mas era um problema no sentido que eu era muito jovem e tinha vergonha de escrever em português, era muito mais complicado, e o fazer em inglês me deixava refém de que não combinaria gravar algo com uma banda em português. O pessoal do Pétala é nosso amigo, a gente joga bola junto toda semana e sempre quisemos fazer algo juntos. Eu trouxe a melodia, os acordes e o arranjo, e o Zeca e eu escrevemos a letra. Se chamasse as duas bandas para gravar seria uma bagunça, aí dividimos, mas no fim participou mais gente do que apareceu (no clipe), a ideia foi fazer alguma coisa meio despedida do Pistache e celebrar a nossa amizade. Gravamos um álbum da Torvelim completo, essas músicas que lançamos vão entrar nele também. Me achei (compondo em português), é muito divertido e funciona bem. Tenho orgulho do que estamos fazendo agora.
Foto: Rafael Klein