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“Antes do fim”, novo single de Raul Silter, que ainda terá um videoclipe divulgado, saiu no dia 10 de fevereiro e apresenta uma grande mudança estética (não só musical). O cantor e compositor de Laguna se distancia do folk dos seus primeiros lançamentos, como o álbum “Sal”, de 2020, e parte para uma jornada de experimentação na tentativa de encontrar a sua própria sonoridade. Em “Antes do fim”, Silter abraça uma sonoridade eletrônica, com batida e sintetizador, e até canta um verso de forma mais ritmada. A única coisa que não mudou foi a parceria com André Bresiani, que fez a captação, mixagem e masterização.
Desde cedo, o artista teve de superar muitas barreiras para chegar onde está hoje, saudável e compondo. Depois de vencer uma doença grave na adolescência, Silter descobriu uma fenda nas cordas vocais, problema que atrapalhou os planos de divulgação de “Sal”, um dos melhores trabalhos de 2020. Em contato com o Rifferama, Silter explicou que o álbum é fruto de um momento de introspecção e que 2021 foi um ano de autoconhecimento, de “sair de dentro pra fora”. Por isso “Antes do fim” tem essa roupagem mais solar, apesar de a letra relembrar um amor do passado.
— Tive alguns estágios na minha vida. Passei por uma doença grave, tive uma loucura, fui para a igreja, saí. Estou numa fase de sair de dentro pra fora. Sempre fui muito melancólico e isso me fazia mal. Esses dois últimos anos foram para eu me encontrar, me estabilizei. “Antes do fim” é um reflexo disso, ela ficou bem diferente, mas estou nessa busca. Neste ano vou trabalhar com essa linguagem mais de beat e fazer essa mescla, mas tenho muita música pra ser feita com banda, orgânica, mais do estilo do “Sal”. Vejo que o “Sal” é só uma parte de mim. Vou achar um meio termo entre esses dois.
Foto: Vitor Soares
