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A história de amizade e música da Seu Luiz e os Enfurnados

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Os amigos Vitor Graf (voz) e Rafael Meksenas (guitarra) começaram a tocar juntos em 1998, quando ainda eram crianças, em Florianópolis. Em vez de jogarem videogame como parte da sua geração, o entretenimento da dupla era brincar de fazer música — e tudo foi registrado. Com o passar dos anos, cada um seguiu o seu caminho: Graf montou a Bizibeize, uma banda de punk e hardcore, enquanto Meksenas foi para o lado da música brasileira e do jazz. A banda Seu Luiz e os Enfurnados, que teve o nome inspirado em uma referência saudosista da infância dos dois, materializou essa história de amizade 25 anos depois com “98′”, lançado no dia 27 de julho nas plataformas digitais. Produzido por Fabio Sung, o álbum de sete faixas foi gravado nos estúdios Ouié e Zubi, e conta com as participações de Bernardo Flesch (teclado e piano) e Bruno Passos (trompete). 

Os músicos nunca pararam de se encontrar em todos esses anos e sempre que se viam o motivo era o mesmo. Com a química intacta, Vitor Graf e Rafael Meksenas compunham e gravavam as suas ideias na esperança de um dia compartilharem as suas canções com o mundo. O estalo veio na pandemia e a dupla encontrou em Matheus Pasinatto (baixo) e Gustavo Borges (bateria, Bizibeize) os companheiros ideais para fazer o disco. “Foi muito interessante a gente se reunir com a mesma naturalidade de quando éramos crianças. Tem ainda a mesma transferência, a gente se entende muito bem, agora com as bagagens que a gente tem”, comentou Graf. Mas o mais interessante, pra além dessa história de amizade, é que o som da Seu Luiz e os Enfurnados não tem nenhuma similaridade com que os dois fazem em outros projetos. Em contato com o Rifferama, Meksenas falou sobre o sentimento que “98′” carrega e os planos do grupo. 

A gente está muito feliz de ter concretizado esse projeto de gravar o disco. É a história minha e do Vitor como amigos, começamos brincando juntos. A música tinha esse lugar de entretenimento. A vida foi nos levando para outros caminhos, mas na pandemia houve essa pausa para questionamentos existenciais, e um deles foi esse, de a gente nunca ter tido um trabalho juntos. Esse álbum é uma mistura, não é punk, não é jazz, tem umas influências de rock e blues, algo que é comum pra nós dois, traz o Vitor tentando outra proposta, outras melodias. Ter o Gustavo e Matheus também é muito legal, eles somaram demais. A Seu Luiz e os Enfurnados é uma reunião de amigos para fazer rock and roll, está sendo um laboratório de composições. A ideia é continuar, temos muitas músicas, material para gravar mais um disco. 

Ficha técnica

Vitor Graf: Voz, guitarra, gaita e composição
Rafael Meksenas: Guitarra e composição
Matheus Pasinatto: Baixo
Gustavo Borges: Bateria
Bruno Passos: Trompete
Bernardo Flesch: Teclado e piano
Fábio Sung: Produção

Foto: Rafaela Oppitz

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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