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Dirty Grills escreve manual de sobrevivência para segundo EP

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“O EP fala sobre sobrevivência e mecanismos de defesa que toda mulher precisa criar para conseguir viver e ser vista nessa sociedade opressora e machista”. Essa frase da vocalista e guitarrista Jéssica Gonçalves apresenta o discurso contido no segundo trabalho das Dirty Grills, que conta com Mariel Maciel na bateria. O registro, lançado nas plataformas digitais na última sexta-feira (19), também representa uma evolução estética em relação ao EP de estreia, “Faz teus corre, irmão”, que saiu em 2022. Gravado em São Paulo, no Estúdio Aurora, “Dirty Grills” teve produção de Carlos Eduardo Freitas e Júlio Miotto, velho conhecido da cena catarinense, que também fez a mixagem e masterização. “Passamos de um nível caseiro para o profissional”, comemorou Jéssica. Além do salto em qualidade sonora, o novo material representa fielmente como o duo mais barulhento de Florianópolis ao vivo.

A trajetória das Dirty Grills se baseia na amizade. Jéssica e Mariel parecem ter nascido para tocar juntas e tudo o que fizeram até aqui só foi possível graças aos laços construídos nos anos que as artistas militam na cena independente. Além da gravação em São Paulo, a banda filmou um clipe para “Chernoboy”, assinado pela Casagrito Produções, que já tinha colaborado com a dupla no vídeo de “Ao menor sinal de autodepreciação aperte o botão de pânico”, do EP de estreia. Carlos Eduardo Freitas, do Estúdio Aurora, toca na Combover e conheceu Mariel quando se apresentou por aqui, em 2019, no saudoso Taliesyn (hoje Bugio Centro). Após o lançamento de “Faz teus corre, irmão”, o produtor musical convidou as Dirty Grills para entrar para o selo e fazer esse trabalho por lá. Em contato com o Rifferama, Jéssica Gonçalves falou sobre “Dirty Grills” e a sonoridade mais trabalhada do novo EP, que mistura a sujeira do stoner com a fúria do punk. 

— A Mariel era amiga do Carlão e conheci ele na época que a Combover veio tocar aqui. Quando lançamos o primeiro trabalho ele gostou bastante e propôs pra gente gravar lá. É um estúdio com uma estrutura muito melhor, o Leandro (Lazzarotto) fez milagre no primeiro EP. No Aurora foi uma gravação profissional, montaram uma bateria estúpida pra Mariel gravar e isso refletiu na qualidade do som. Ficou muito foda. Outra coisa que deu essa cara mais profissional foi a parceria com a Casagrito, são pessoas que têm uma experiência muito grande, fizeram as fotos e o audiovisual. Fizemos isso tudo com amigos. A gente está se entrosando mais, se acostumando mais com o jeito de tocar uma da outra, fizemos vários shows. Queremos fazer mais uma gravação, mas vamos aproveitar bastante esse material, que foi um trabalho bem representativo do que é a gente ao vivo, o EP trouxe todos os elementos, o peso, a bateria bem marcada da Mariel, bastante sujeira também. Tudo o que a gente é está ali.


Ficha técnica

Áudio

Letra e composição: Jéssica Gonçalves e Mariel Maciel
Produção musical: Dirty Grills, Carlos Eduardo Freitas e Aurora Discos
Mixagem e masterização: Júlio Miotto
Lançamento: Aurora Discos
Distribuição: Tratore

Vídeo

Direção, roteiro, direção de fotografia e direção de arte: Casagrito Produções
Edição, pós-produção e finalização: Santiago Paestor
Lettering: Joan Bedin
Produção: Casagrito Produções, Mari Montilha, Jessica Almeida, Camila Ventura
Maquiagem: Camila Ventura
Agradecimentos: Daniely Simões, Cacau Azevedo, Santiago Paestor, Joan Bedin, Mari Montilha, Jessica Almeida, Diego Walsick, Carlos Eduardo Freitas e Júlio Miotto

 

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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