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A “música de nicho” da Ária Cirrata

Foto: Andrei Leão

Do nome à sonoridade, a proposta da Ária Cirrata é ser diferente. O disco “RIFT”, gravado nesse ano no AML Estúdio, será lançado em 2014 exclusivamente em LP. As músicas desse álbum serão apresentadas hoje, dia 19, no Teatro Álvaro de Carvalho, em Florianópolis, em uma iniciativa do projeto TAC 7:30.

Formado por grandes músicos e com influências que vão do soul ao jazz, a Ária Cirrata faz um som de difícil apreciação para quem não é familiarizado com nomes como Gentle Giant, King Crimson e Genesis. Composições que chegam a ultrapassar a barreira dos 20 minutos de duração, como a instrumental “Distress”, no entanto, são um prato cheio para os fãs do estilo. Para o baixista Eduardo Xuxu, a banda faz “música de nicho”.

– É uma produção rara, ainda mais no Brasil. Sabemos que fazemos uma música de nicho. As pessoas que vão assistir se interessam pela nossa música, pelo rock progressivo. Fazemos as coisas sem ansiedade, porque isso só atrapalharia. O tempo para criar uma obra, difundir e fazer circular é arrastado mesmo, porque não existem meios para isso. Gostei do resultado em estúdio. Ao vivo é um pouco diferente, como achamos que tem que ser, mas ambos me agradaram. Tenho a expectativa de ouvir no vinil.

O show de hoje será o terceiro da Ária Cirrata. Feliz com o convite da Fundação Catarinense de Cultura, o músico acredita que a banda terá mais oportunidades de mostrar o seu trabalho assim que tiver o disco em mãos. O lançamento do LP ainda não tem data definida por diversos fatores, mas deve sair no primeiro semestre do ano que vem. Enquanto “RIFT” não se materializa, o grupo quer impressionar o público, assim como fez nas apresentações anteriores, no teatro da Célula Showcase e na Maratona Cultural.

– Ficamos bem contentes por poder participar e tocar nesse equipamento cultural histórico do nosso estado. O lançamento do disco será nos primeiros meses de 2014. Como será feito em vinil, não conseguimos precisar (uma data) por causa da importação e outras burocracias. No ano passado fizemos nosso show de estreia na Célula e agora será no TAC. O outro show que fizemos no intervalo não foi integral, como o da Maratona, pela limitação de tempo. Ficamos surpresos com a quantidade de pessoas, mas número de pessoas é secundário nisso tudo também. A recepção é muito boa sempre.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

2 Comentários

  1. Cara, belíssimo post! Bom ouvir que o Xuxu não ficou parado no tempo com a Pipodélica e seguiu em frente. Mais ainda com O Prog. Eu tive acesso a 3 das 4 músicas do disco e posso dizer que os caras gravaram um disco de alta qualidade. Espero pra ouvir em vinil também :)

  2. Incrível nossa diversidade musical, cara. Muito bom!

    Abraço

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