arma-zen-rifferama

Após cinco anos de hiato, Arma-Zen está de volta com tudo

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini KalzoneCamerata FlorianópolisBiguanet InformáticaTUM Festival e Nefasta Cervejaria


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

Apesar de nunca ter anunciado uma pausa, o Arma-Zen, um dos grupos mais importantes e influentes do rap catarinense, ficou cinco anos em hiato. Com dois álbuns no currículo, “A caminhada é longa…” e “M. A. F. I. A. (Muitas atitudes formam ideias em armas), lançados em 2006 e 2012, respectivamente, além do CD Demo “Az Formigaz Venenosaz” (2004), a banca está de volta com parte da formação original: Negro Rudhy, Preto Dimi e Karyhn estão desde o começo das atividades, em 2001, e somam forças com Maicon Maloka, que veio da junção com o PRN (Puro Rap Nervoso) em 2004 — Pako Beck, que completa o time, chegou na época do segundo disco. No dia 23 de março, o Arma-Zen apresentou “Atenção, perigo”, single que abre caminho para esse retorno e teve videoclipe dirigido pela Think Produtora. A engenharia de som é de Mortão VMG.

Em determinado momento do corre, o Arma-Zen, que já dividiu o palco com Racionais MC’s, RZO, Facção Central, entre outros, teve dez integrantes. Os cinco que hoje seguem em frente com o projeto, segundo Negro Rudhy, foram os que toparam continuar a história que o grupo construiu. “No primeiro momento abrimos um grupo e chamamos todos pra conversar. Todos que não voltaram desejaram um bom caminho pra nós. Agora passamos a trabalhar de outra forma, mais como empresa, somos cinco amigos e sócios”, explicou o rapper. Como primeiro lançamento da volta, “Atenção, perigo” traz todos os cinco MCs rimando e com um refrão regional, com gíria manezinha, para resgatar a essência do grupo. Os próximos trabalhos não devem seguir essa linha. Em contato com o Rifferama, Negro Rudhy, comentou sobre o retorno do Arma-Zen e informou que o objetivo é produzir um novo álbum, mas não colocou prazo para as coisas acontecerem. 

— O Arma-Zen nunca se pronunciou, ficou meio que uma coisa subliminar, não deixou as pessoas entenderem aquele momento de respito que aconteceu. Nesse meio tempo cada um fez o seu corre, sempre deixamos claro de que todos poderiam ter a sua liberdade de ter um trabalho solo. Eu já tinha lançado o meu primeiro álbum antes da pausa, o Dimi lançou, Pako também, o Karyhn começou a lançar agora. Eu sempre soube que teria essa possibilidade (de voltar), retomar sem perspectiva que seja eterno, a música dele já é pra sempre. O público continuou consumindo o Arma-Zen e os shows solo mantiveram essa essência viva. A intenção é que a gente tenha um novo álbum, trazer um material da nossa forma pra colocar na rua. A gente sabe o tamanho que o Arma-Zen tem dentro do estado, é legal voltar agora, mas a gente também veio para somar e avisar que estamos de volta não por acaso, mas por também termos essa necessidade de botar o grupo na rua e sabendo que as ruas estavam com saudade do Arma-Zen. Tem muita ideia para ser construída de um novo momento, mas sem perder a essência.

Foto: Carlos Júnior Retratos

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *