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Code Veronica faz álbum de metalcore com letras português

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A Code Veronica, de Tubarão, alcançou um feito notável. O trio formado por Douglas de Medeiros (voz e guitarra), Heron Luiz Martins (baixo) e Renê Ramos (bateria) levou menos de um ano entre a criação da banda e o lançamento do álbum “Um brinde ao risco”, que saiu no dia 31 de outubro nas plataformas digitais. Antes disso, os três tocavam em um tributo a My Chemical Romance e o guitarrista tinha o objetivo de começar um trabalho autoral. A adesão dos integrantes à ideia não foi como imaginava, mas o baixista e o baterista gostaram dos esboços que Douglas de Medeiros vinha fazendo e se criou esse grupo paralelo. Além de escrever grande parte do repertório, que tem 11 faixas, o vocalista foi responsável pela produção, mixagem e masterização do material, um processo exaustivo, mas que valeu a pena. “Queria fazer um álbum foda, com letras digeríveis, um pouco poéticas, com metáforas, e outras mais diretas. A produção foi uma experiência meio agridoce. Foi muito cansativo, queria entregar o nosso melhor, quase tive um burnout, mas no final valeu a pena demais. Muita gente elogia a qualidade sonora do disco”, afirmou.

“Um brinde ao risco” pode ser catalogado como metalcore, mas as influências presentes nas músicas são diversas, dos riffs pesados e pedal duplo ouvidos no Slipknot, às partes mais melódicas inspiradas em Bring Me the Horizon, passando pelos refrãos marcantes característicos do emo do My Chemical Romance, até a brasileira Scalene, não só no instrumental, mas também no texto. “Queria que os sons fossem o menos clichê possível, e eles sabem muito bem colocar as palavras de uma forma que tu nem nota que está ouvindo uma música em português”, avaliou o vocalista e guitarrista, que ainda citou Avenged Sevenfold como uma das referências para fazer o álbum. O principal objetivo da Code Veronica é se apresentar ao vivo, mas precisa encontrar um novo baterista — Renê Ramos deixou o grupo após o lançamento do disco. Em contato com o Rifferama, Douglas de Medeiros também comentou que o próximo trabalho terá outra sonoridade.

— Estamos em busca de um baterista para tocar esses sons com a gente, nem que seja pelo menos para fazer os shows, mas se entrar alguém que queira agregar, a gente fica feliz. Esse ano fizemos só um show em Criciúma, no Meteoro Estúdio, e fomos muito bem recebidos. Também tocamos “Brujaria” no 5º Festival Autoral de Tubarão e ficamos em primeiro lugar, acho que foi a primeira edição que uma banda de metal venceu o festival. Temos ainda uns materiais extras do álbum para serem lançados e como a gente não para nunca já temos alguns sons sendo compostos para uma próxima fase da banda, com algumas músicas mais experimentais, puxando outras influências que não ficaram impressas em “Um brinde ao risco”. A gente quer ser uma banda que se reinventa, explorar todas as sonoridades, acho que é isso que mantém uma banda firme no mercado, ser autêntica, se comunicar de formas diferentes usando gêneros diferentes. 

Foto: Gabriel Machado

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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