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De volta ao jogo, Tijuquera lança versão e produz novo álbum

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O retorno do Tijuquera, concretizado no ano passado, vinha sendo trabalhado desde 2019. A ideia era reunir a formação que gravou o segundo disco, “Os deuses não são os homens”, lançado em 2004: Márcio da Vila (voz e guitarra), Luciano Bilu (guitarra), Márcio Costa (baixo), Alexandre Damaria (percussão), Rodrigo Poeta (percussão) e Victor Bub (bateria). A banda chegou a ter o time quase completo, com exceção do cantor e um dos compositores do grupo. Até a volta aos palcos, o Tijuquera chegou a ensaiar com Dinho Stormowski nos vocais, mas aí veio a pandemia e a parceria não foi adiante, já que o músico tem a agenda cheia com o Dazaranha. Nesse período, Bilu recebeu um convite para morar na Europa, que acabou não acontecendo depois, o guitarrista chegou a sair, mas voltou para a banda, que teve as baixas de Poeta e Bub e hoje conta com Maurício Peixoto (Outros Bárbaros) nos vocais e guitarra, Ammora Alves na voz, Marco Mibach na bateria e André FM na percussão.

Após alguns shows marcantes, incluindo a abertura para Gilberto Gil na Maratona Cultural neste ano, os músicos confirmaram o que não era dúvida para ninguém: a força do repertório do Tijuquera. E esse retorno é sobre isso, segundo o baixista Márcio Costa falou ao Rifferama. “O projeto não é mais das pessoas nem da banda, é das músicas. O que importa são as músicas”, comentou. De fato, os cinco discos do grupo trazem canções escritas por Márcio da Vila, Rodrigo Poeta, Andrey Fernandes, Moriel Costa, Ricardo Emanuel da Silva, Neno Miranda… uma lista que vai seguir crescendo. Depois de divulgar o primeiro álbum ao vivo, “Live from Joaca”, em junho, para apresentar o novo Tijuquera, a banda lançou na última sexta-feira (28) uma versão para “Vem meu bem”, faixa presente no terceiro disco, “Quem quiser, é isso aí…” (2006). A gravação, produzida por Carlos Trilha, traz a participação de Vitória Pedra nos vocais e abre caminho para uma série de novidades, incluindo um álbum.

— A gente precisava de uma pilha nova, não queríamos fazer um show saudosista, por fazer. A ideia era realmente voltar para entrar no jogo de novo. A gente não sabia se a voz feminina encaixaria, mudou tudo, mas deu a cola, tá muito massa. A gente precisava ter um registro ao vivo para as pessoas entenderem que temos um novo vocalista na banda, a partir de agora vamos lançar as músicas que rearranjamos e produzimos. Temos cinco gravadas e até o final do ano vão ser mais cinco, provavelmente. Tem canções que nunca gravamos nos discos, mas foram compostas nos anos 90 e 2000, mas também queremos o desafio de fazer músicas totalmente inéditas. Logo que começamos a tocar “Vem meu bem” nos shows sentimos que a galera cantava fácil e quisemos apostar nessa música primeiro. Gravamos três vozes pra dar uma sensação diferente e mudamos um trecho da letra pra dar uma apimentada, jogando pra esse conceito de poliamor. É uma música pop, com uma letra universal, com potencial radiofônico.

Foto: Victor Silveira

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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