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O sonho de fazer música envolveu toda a família de Giovanna Rangel. A artista já atuava cantando em coral na igreja em Bauru (SP), sua cidade natal, quando ganhou bolsa integral para a Univali através do Prouni (Portal Único de Acesso ao Ensino Superior) e se mudou para Santa Catarina com a mãe, que deixou o emprego para apoiar o caminho profissional que escolheu. Estudiosa do canto, Giovanna participou com destaque do programa The Voice Brasil 2021, ficando no time da Iza e chamando a atenção de Gloria Groove, que a divulgou nas suas redes sociais. Era o gás que precisava para colocar as suas canções no mundo. Os primeiros lançamentos vieram no ano seguinte, com um single e uma versão para “Noite feliz” (Franz Gruber/Joseph Mohr). Até o momento, a cantora e compositora já apresentou cinco músicas, sendo “Ninho” seu último trabalho, que saiu em março nas plataformas digitais.
Produzido e arranjado por Elieser de Jesus, que foi seu professor na faculdade, em Itajaí, o single representa bem a estética que Giovanna Rangel pretende trabalhar nas suas canções, trazendo elementos do pop, principalmente R&B e soul, com a MPB, e linhas vocais elaboradas, com um equilíbrio entre essas duas vertentes que outras músicas não traziam. “O meu TCC foi sobre harmonia negativa, me inspirei no Jacob Collier, que é uma referência pra mim harmonicamente. Meu recital na faculdade foi voltado para arranjos vocais, é uma paixão minha. Sou muito ligada em harmonia no geral e isso agrega muito a minha arte enquanto cantora”, contou. “Ninho”, que fala sobre reconciliação, foi gravada por Josué Mariano (guitarra) e Tomatti (baixo, bateria e teclado). Em contato com o Rifferama, a cantora e compositora falou sobre a sua sonoridade e projetos futuros, que incluem parcerias com artistas dos Estados Unidos e de Portugal.
— Gosto muito dessa brasilidade misturada com a black music. Lancei umas músicas mais pop que não são os meus cartões de visita, foram para um projeto que não deu certo e acabei lançando para não desperdiçar. Mas também mostra que tenho essa versatilidade para conversar com outros gêneros. A “Ninho” pedi para o Elieser (produtor) botar tamborins, colocar a síncopa da música brasileira, está bem misturado com o pop. A mensagem dela tem a ver com a minha relação, trouxe o meu pessoal para a música, mas sei que ela pode se conectar com outras pessoas que vivem ou já viveram relacionamentos. Estou com alguns singles para lançar em parceria com pessoas de fora do país, vai ter essa interação mais direta com a black music, cantando em inglês e português. Foram dois feats que eu amei fazer parte, além disso tem as minhas músicas que vão sair em single, mas é um desejo fazer um EP. Não tenho nada programado, tudo acontece quando dá, ainda mais sendo artista independente.
Ficha técnica
Direção de vídeo, direção de fotografia e edição: Rodrigo Schaefer
Assistente de câmera: Laura Vieira
Composição, voz e produção vocal: Giovanna Rangel
Produção: Elieser de Jesus
Arranjo: Elieser de Jesus
Guitarra: Josué Mariano
Baixo, bateria e teclado: Tomatti
