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Respeitando os processos, Belinas reafirma sonoridade em EP

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Orgânico, low profile e outsider. O Belinas é uma banda de rock and roll formada em 2012, por Leandro Fernandes (voz, guitarra e violão), Leonardo Manzoni (baixo) e Antonio Dourado (bateria) e que tem fases. Dos primeiros ensaios até o lançamento do EP de estreia, “Nada é pra sempre”, foram seis anos para estabelecer um processo de composição, que consiste em trabalhar ideias que o vocalista (geralmente) leva para o grupo “belinizar” e transformar em canções. Essa forma de fazer as coisas, tocando exaustivamente as músicas até levar para o estúdio, inspirou o nome do novo EP, “Da Capo Al Coda” (expressão em italiano que quer dizer do início ao fim), divulgado no dia 26 de abril nas plataformas digitais. Mais uma vez, o Belinas recrutou o produtor musical Renato Pimentel para lapidar a identidade sonora que vem sendo construída.

Durante a pandemia, a banda alternou entre momentos de inatividade, apenas trocando ideias de composição pelo WhatsApp, e outros de muitos encontros. A pré-produção de “Da Capo Al Coda” ocorreu em ensaios no estúdio Jardim Elétriko, do baixista Luiz Maia (Stonkas y Congas). O curioso desse processo é que o grupo já tinha as quatro faixas que seriam gravadas no EP decididas, todas compostas nos primeiros meses de 2023 e com demos registradas, mas foram surgindo outras ideias e o trio acabou escolhendo outras quatro canções, com o aval de Pimentel, que fez a captação, mixagem e masterização no The Magic Place. O Belinas produziu material em vídeo para todas as músicas, sendo dois com as letras (“Não vou olhar pra trás” e “Fim dos tempos”, um clipe para “Sozinho por aí” e outro utilizando banco de imagens gratuito (“Übermensch!”). Em contato com o Rifferama, o baterista Antonio Dourado falou sobre os processos do grupo e a sonoridade “belinística”.

— O nome do EP tem a ver com o processo, o nascimento dessas quatro faixas. A gente trabalha muito em função de riffs e esqueletos que o Leandro traz pra gente na guitarra ou violão. O Belinas tem fases, às vezes é uma banda de WhatsApp, trocando referências, o álbum que cada um está ouvindo, e em outros momentos a gente marca temporadas de estúdio, com oito, 12 datas, e vamos revisitando essa gaveta de músicas, aí a banda vira a Belina mesmo, que começa a tocar junto, soando como um power trio de rock, mais sujo, sem tantos recursos. A gente já tinha as músicas na cabeça, mas quando começamos a ensaiar o Leandro mostrou outras coisas pra nós e fomos “belinizando”, dando a nossa cara para esse material. Quando mandamos essas músicas para o Renato (Pimentel) a gente já estava convicto que as quatro novas tinham ficado mais legais e ele bateu o martelo com a gente. Queríamos que a banda soasse mais crua, como é tocando ao vivo, mas tem todo aquele verniz que ele dá. Elas vieram com mais punch, experimentamos coisas que ainda não tínhamos feito juntos. Contar com esse olhar dele é especial, fez toda a diferença.


Foto: Fabiano R. de Sousa

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. Parabéns...é isso aí dedicação

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