guifranzoi-rifferama

Gui Franzói se reconecta com o passado sem abrir mão do novo

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis e Biguanet Informática


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

Em 2020, o cantor e compositor Gui Franzói divulgou o seu primeiro single, assumindo novo nome artístico (antes assinava como Guilherme) e trazendo uma estética mais pop para as suas canções, com elementos eletrônicos. O ano seguinte foi de bastante atividade, com quatro lançamentos, incluindo parcerias com Vitor Soltau e Amanda Cadore. Em dezembro de 2022, o músico, que é natural de Tijucas, apresentou o seu último trabalho, “vc me faz bem”. A faixa, produzida, arranjada e mixada pelo parceiro Elieser de Jesus, que ajudou a repaginar o som do artista, recupera a estética de banda do seu disco de estreia, “Hoje é o melhor dia de todos até hoje”, que saiu em 2018. Em vez de beat, o single teve a bateria gravada por Renan Martins (Aline Barros, Melim, Bryan Behr e mais), além da voz e do violão de Franzói. A masterização ficou a cargo de Renato Patriarca.

“vc me faz bem” tem uma levada romântica, inspirada pela descoberta de uma nova paixão. A letra fala “sobre sentir saudade e sobre o bem que faz pra gente estar com alguém que proporciona viver bons momentos”. Em contato com o Rifferama, o cantor e compositor comentou sobre os seus futuros projetos e destacou esse retorno à sonoridade do seu primeiro álbum, que foi gravado com Cezinha Silva (Uniclãs, Música Orgânica e Sarau Afro-açoriano) no baixo e Luciano Dunga na bateria. O objetivo é trabalhar uma numa onda mais orgânica, dando destaque para a voz e o violão, mas sem perder a característica moderna da produção de Elieser de Jesus. “Esse formato, na verdade, está na essência do meu trabalho, mas eu sempre estive aberto ao novo”, contou.

— Esse último single foi uma pegada mais romântica, uma nova paixão na vida. O violão sempre foi o meu instrumento, mas tocar com banda é o que faço mais, apesar do novo, do moderno, dos beats, estava sentindo necessidade de gravar com essa sonoridade. Quero focar mais no orgânico, as composições todas nascem nesse formato voz e violão. Curto muito esse lance da produção, mas sinto que às vezes acaba ficando artificial demais, a voz muito processada, quero gravar mais ao vivo, aquela voz soprada, que dá pra ouvir a respiração, o trastejar do violão. Estou mais nessa coisa introspectiva, intimista, querendo ficar mais zen. Até pela questão do investimento mesmo, fazer o feijão com arroz bem feito.

Ficha técnica

Voz e violão: Gui Franzói
Produção musical, arranjo e mixagem: Elieser de Jesus
Bateria: Renan Martins
Masterização: Renato Patriarca

Foto: Isadora Manerich

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *