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Luis Canela grava álbum após fase de produções pandêmicas

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O cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Luis Canela não para de escrever, tocar e gravar, mas também não tem pressa de jogar as suas criações no mundo. Adequar a rota talvez seja a expressão mais apropriada para explicar a situação do artista desde a pandemia. A partir desse período, Canela começou a reunir canções para um EP de sete faixas, intitulado “Cartolinas digitais”. De certa forma, o objetivo foi cumprido e até superado, mas de um jeito diferente. Entre 2021 e 2023 foram lançados três singles, incluindo “Cristal”, com Jean Mafra, com quem faria um álbum em parceria, mas o projeto foi adiado (vou escrever dessa forma, pois espero que seja retomado um dia), e dois EPs, “Canela” (2022), que trouxe a faixa “Cartolinas digitais”, e “Paralisado na canção do amor”, que saiu em 8 de dezembro e encerra essa fase de produções pandêmicas, que resultou em nove músicas.

Com nove demos bem estruturadas, Canela trabalha agora no seu segundo álbum solo — em 2022 o músico liberou nas plataformas digitais o disco instrumental “Coleção”, de 2010, que traz temas ao lado de nomes como Alegre Corrêa, Luiz Gustavo Zago, entre outros. Para esse novo material, o artista deve seguir o modus operandi dessa última leva de canções, incluindo a parceria com Emilio Pagotto, coautor de oito das nove composições. Parte do registro deve ser gravado na sua casa, em Florianópolis, e o restante no Estúdio Um Lugar, mas a proposta é trazer outros instrumentistas para somar nos arranjos e, por consequência, ter outra sonoridade: Rafael Calegari (baixo), Carlos Schmidt (sopros) e Ubrother UB (percussão) participaram dos dois EPs, enquanto Canela fez vozes, guitarras, violões, viola caipira, percussões e sintetizadores. Em contato com o Rifferama, o artista falou sobre o projeto futuro.

— No final me toquei que desse período pré-pandemia até agora rolou mesmo quase um álbum, que era a ideia desde o início. Eram pra ser nove, viraram seis, depois lancei só três (no segundo EP). Eu poderia ter lançado tudo junto como um álbum, mas no final estou com outras que são mais recentes, dos últimos dois ou três anos, que eu venho trabalhando sem parar. Estou com nove demos bem estruturadas. Investi bastante no meu estúdio e estou refazendo esse material diariamente. Acho que elas estão com uma cara boa, melhor do que as que eu tinha no ano passado. Preciso pensar nos convidados, chamar um time diferente pra mudar, fugir daquela coisa que eu sempre faço. Não são todas que têm percussão, quero fazer uma coisa com o acústico no meio, algumas vão ficar mais pesadas, pra não ficar cheio de coisas em todas ou completamente acústico. No meu trabalho solo as músicas têm uma concepção, toco muito mais e canto, mas duas músicas têm bastante guitarra, por mais que não tenham solos extensos, elas estão com um timbrão.

Foto: Marco Lorenzo

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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