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Manezinha radicada nos EUA, Lola Manekin se descobre artista

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A manezinha Leonora “Lola” Manekin vive há quase 20 anos nos Estados Unidos (hoje mora em Baltimore, Maryland), onde trabalha com movimento corporal. Formada em Naturologia, a música nunca foi uma opção para Lola seguir carreira, e seu envolvimento com essa arte sempre se deu por meio da dança. Dois anos após a sua estreia como artista, com o EP “Being Human” e o álbum “All Versions of Me”, a cantora e compositora deseja levar esse trabalho como uma atividade paralela, enquanto vai produzindo as suas canções. Em 2023 já são dois lançamentos, os singles “Dança das mulheres”, que tem a participação de Léo Marelua e ganhou um videoclipe filmado em Florianópolis, com direção de Antonio Rossa, e a regravação de “Minha vida”, que ganhou os versos do rapper DragonUknoooooo, com quem Lola se apresentou pela primeira vez ao vivo.

Colocar a sua voz em uma música é uma experiência nova para a artista, e vulnerável, contrastando com a mulher selvagem que aparece nas redes sociais lidando com serpentes. Estudante de medicina integrativa, Lola Manekin teve uma experiência transformadora após uma sessão bioenergética, em que praticamente “recebeu” uma letra enquanto cantava uma música que tocava no rádio. Sem planos futuros, a cantora e compositora prefere seguir o seu instinto na hora de decidir o seu próximo passo nessa nova carreira. Em contato com o Rifferama, Lola falou sobre a sua relação com a música e seus últimos lançamentos, em especial “Dança das mulheres”: o clipe traz a artista ao lado da mãe e da avó.

— Sempre estudei muito medicina integrativa e entendi que todo sintoma físico é conectado com alguma coisa mental, espiritual ou emocional. Fiz uma limpeza energética na região da garganta e tive uma visão do filme da Pequena Sereia, na hora que a voz dela vai flutuando e entra na garganta dela de novo. Naquele dia estava ouvindo uma música no carro e comecei a cantar junto em português, inventando as palavras na hora, percebi que recebi a letra de uma música completa, cheguei em casa e anotei, sabia que se não gravasse seria um sonho que eu deixaria passar. Essa música “Dança das mulheres” é muito poderosa, fala da importância das mulheres se ancorarem no seu próprio corpo. O Léo Marelua me ajudou a corrigir um pouco a letra, editou a minhas apalavras e começou a me dar aula para eu fazer a gravação e perguntei se ele queria cantar comigo. Foi um processo que a gente fez junto, ficou linda demais.


Foto: Manu d’Eça

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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