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Entre 2021 e 2022, a cantora e compositora Duda Colla divulgou os seus primeiros trabalhos — foram sete singles, dois EPs e um álbum ao vivo. A maioria das canções foi escrita em parceria com o produtor musical Guilherme Liberato Kikuchi “Japa”, Marlon Krahn e também Emerson da Silva Pereira. No ano seguinte, a artista, que é natural de Erechim (RS) e radicada em Balneário Camboriú passou a colaborar com o estúdio 48K, de São Paulo, e publicar as suas músicas pelo selo Escalada. Essa nova fase começou com “Cara a cara”, feat com a também cantora e compositora Sabrina Lopes, que veio a se tornar a principal fonte de material. Prova disso é o lançamento da live session “Eu”. Das oito faixas, que saíram entre os dias 1º de março e 19 de abril nas plataformas digitais, Sabrina assina sete, seja sozinha ou com outros compositores como (em ordem de aparição) Bia Marques, Mateus Melo e Júlia Rezende: Duda está creditada como coautora de “Tudo ou nada” e “Noite das meninas”.
Diferente do primeiro álbum ao vivo, que trouxe versões R&B das músicas que tinham sido apresentadas até aquele momento, todas as faixas de “Eu (Sessions)” são inéditas. A vontade de gravar esse repertório surgiu após um encontro em que Sabrina tocou para Duda parte do seu acervo de composições. A decisão pelo formato mais simples vai de encontro aos seus primeiros trabalhos, que se destacavam pelas grandes produções, tanto de vídeo quanto de áudio. O foco da cantora e compositora agora é focar na parte musical (letra e arranjo) e em entregar canções. Além da live session, quatro singles estão sendo preparados para este ano, todos nessa proposta de privilegiar o conteúdo sobre a forma. Em contato com o Rifferama, Duda Colla falou sobre a mudança de direção artística, as novas parcerias e os trabalhos futuros.
— Eu fiz muitos projetos extremamente bem produzidos, tudo teve clipe e eu tinha a sensação de que isso era ser artista. Decidi voltar um pouco mais pra mim, pro meu eu artístico mais interno mesmo, aquela coisa menos visual e mais música, mais letra. Então a session vem dessa minha vontade de pensar mais na parte musical e trazer bastante conteúdo. Pela primeira vez eu estou lançando músicas que não são composições em que eu estou junto. Numa conversa que eu tive com a Sabrina, enquanto a gente estava escrevendo juntas, ela decidiu me mostrar umas músicas que não se encaixavam mais para ela e acabou que o álbum saiu dessa amostra que ela me fez do acervo dela. A gente se identificou muito, principalmente nos nossos objetivos, então as músicas se encaixaram comigo também. Os próximos singles ainda estou entendendo como será o modelo, se vou fazer um EP ou lançar single por single, mas quero trazer cada vez mais música.
Foto: Bruno Mascai
