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A Não é Mais Inverno, de Laguna, nasceu em 2018 como um duo, mas a estreia oficial aconteceu dois anos depois, com o lançamento de dois EPs: No primeiro, “Céu”, que saiu em janeiro, a banda era um quarteto; em novembro, “Flutuar” entrou nas plataformas com o grupo de volta à dupla Matheus Pires Rodrigues (voz e guitarra) e Jean Neves Barcelos (baixo) — o produtor musical André Bresiani assumiu as baquetas na gravação. A experimentação e mudanças, de formação, sonoridade e produção, têm sido uma constante desde então. De dezembro do ano passado para cá, a Não é Mais Inverno divulgou cinco músicas, que foram gravadas em dois estúdios (com equipes de trabalho diferentes), em trio e quarteto, com outro guitarrista em relação ao primeiro EP. É nesse cenário que Matheus, Jean e Arthur Eufrazio (bateria) apresentaram “A cura”, single disponibilizado no dia 5 deste mês.
A última faixa produzida pela banda, que conta com a participação do guitarrista Huan Chede, foi captada no Estúdio Ilibio Áudio e Música, com produção, mixagem e masterização de Murilo Ribeiro. O produtor, que também colaborou com a banda no single “Sozinho”, liberado em junho, será o responsável pela condução dos trabalhos do próximo lançamento da banda, um álbum com sete canções que deve ganhar o mundo após o Carnaval de 2023. Antes de compartilhar o material por completo, a Não é Mais Inverno deve soltar mais um som (talvez até dois) nas redes. “Limbo”, “Distorção” e “Depois da humanidade”, publicadas entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, foram produzidas por Paulo Pfutzen (Outro Selo). Em contato com o Rifferama, o vocalista e guitarrista comentou sobre “A cura” e os planos futuros do grupo.
— “A cura” é uma pedrada, mais agitada. Eu procurei falar sobre o tempo, sobre a preocupação que as pessoas têm com ele, pensam muito sobre a vida e não conseguem sair do lugar, ficam apreensivos com o futuro. Pensamos muito bem as nuances, desde a introdução, o verso, o refrão, o que queríamos passar, foi uma música bem trabalhada. Esse álbum que vamos fazer agora vai ser todo com o Murilo (Ribeiro). Estamos produzindo com bastante calma, mandando uma música por vez, a terceira que vamos lançar já está pronta, se chama “Game” e deve sair em setembro. Essas sete músicas (contando com “Sozinho” e “A cura”) foram surgindo naturalmente, mas creio que elas conversem entre si, os temas são parecidos, os efeitos das melodias são parecidos também, mas cada uma tem uma pegada diferente. É uma loucura organizada.
Foto: Jonas Castro
