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O cantor e compositor Victor Bigliardi deixou Brusque em busca de melhores oportunidades em Lisboa. Vivendo em Portugal desde janeiro de 2020, o artista deixou para trás uma banda de rock com letras em inglês e começou um trabalho do zero, sozinho. A relação com o produtor Davi Carturani teve peso na estética que Bigliardi apresenta hoje. “Na época em que estava gravando o disco da 1Plugged pude ter contato com a música brasileira através dele, pois deixei de ser um moleque que só ouvia rock para ser uma pessoa que ouve de tudo”, contou. A primeira canção em português, “O amor não bate à porta”, foi escrita nesse momento de partida para o desconhecido. Nesse processo de amadurecimento, fruto também do período de pandemia, o músico gravou o EP “O mais puro de mim”, lançado em 2022 nas plataformas digitais. Focado em criar raízes no Velho Continente, Bigliardi não esqueceu do Vale do Itajaí e segue produzindo com Carturani e também fazendo parcerias com outros artistas da cidade, como “Despreocupado”, single com Andrei Freitas.
Após um período de adaptação, que incluiu morar com o pai e o padrasto, o cantor e compositor já está estabelecido em Lisboa, se apresentando pela região e também atuando como fotógrafo e videomaker. Em um dos seus shows, Bigliardi conheceu a artista francesa Johanna Baget e logo nasceu uma amizade que se materializou com “Aonde vai você?”, uma canção bilíngue, um dueto com elementos dos dois países e um arranjo elegante, assinado por Davi Carturani, que gravou o os violões e o violoncelo. Divulgada em março, a faixa é a segunda experiência do músico com a língua francesa — no seu EP de estreia traz uma canção chamada “À ma fenêtre” (À minha janela), inspirada em suas vivências pela capital portuguesa. “Eu aluguei um quarto ao lado do zoológico de Lisboa, isso me permitiu uma vista privilegiada no meio da cidade. A janela era a única fuga visual que eu tinha, era a minha televisão”, revelou. Em contato com o Rifferama, Victor Bigliardi falou sobre o novo single e seus planos.
— Eu conheci a Johanna em um evento, a gente trocou número e começou a interagir. Eu já tinha essa canção, mas ela precisava de alguma coisa a mais, mandei pra ela e alguns dias depois veio a parte em francês, fiquei apaixonado pela versão que ela mandou, fez toda a diferença. O Davi fez um trabalho excepcional como sempre, refinou o arranjo que eu tinha em mente, ficou lindo. Eu faço muita coisa atualmente. Quero expandir o meu trabalho aqui por Portugal, quero tocar fora do país, tenho vontade de fazer um mochilão e marcar alguns concertos. Adoro a sensação de tocar para pessoas que nunca me viram antes. Tenho algumas músicas para produzir, ainda não decidi como e com quem. Tenho pensado em fazer o volume dois do meu EP, mas ainda não estou certo disso. Estou focado em aprender e movimentar o que eu já tenho.
Foto: Mariana Fernandes