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sorosoro encanta com rock triste de composição coletiva

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O cantor, compositor e guitarrista Pedro Museka é um dos músicos mais prolíficos do estado. Desde o começo da pandemia, o blumenauense enfileirou cerca de 30 lançamentos, entre singles, EPs e álbuns, com as bandas Ahab Sealife Conservation Inc., sorosoro e o seu projeto solo, todos presentes na coletânea “Blumenkraut”. Com toda essa criação simultânea, é inevitável que os trabalhos conversem entre si, como aconteceu com “Anêmica”, novo registro da sorosoro. A faixa, que saiu previamente em “Museka” (2021), caiu no gosto do grupo, entrando no repertório e ganhando uma versão mais elaborada, cheia de guitarras e uma melodia pop. O sexteto está finalizando um videoclipe para a canção enquanto prepara o seu disco de estreia, que terá produção de Arieu Felipe e será todo em português, ao contrário do primeiro EP, de 2022, que tinha metade do repertório com letras em inglês.

A sorosoro foi formada em 2021, logo quando foi possível retomar os encontros presenciais. O processo de composição da banda é coletivo, na base do improviso e, aos poucos, o time foi incorporando pessoas até chegar no sexteto que consiste em Pedro Museka (voz e guitarra), Caio Pazini (guitarra), Miguel Aloisnas (guitarra), Gustavo Hames (baixo), André Muller (bateria) e Henrique Buzzi (percussão). “Anêmica” começou a ser tocada ao vivo, pois o grupo precisava preencher o repertório para tirar os covers do show, e com o tempo a música foi ficando com a cara da sorosoro. O single aposta nos contrastes: mesmo sendo uma canção melancólica, com um tema que aborda o isolamento da pandemia, a melodia é “feliz”. A sonoridade é inspirada no rock alternativo dos anos 90, especialmente o shoegaze. Em contato com o Rifferama, Museka falou sobre o surgimento da sorosoro e a sonoridade do futuro álbum.

— O meu álbum solo foi produzido antes da banda existir, mas quando lancei, o Caio e o Miguel gostaram muito e começamos a ensaiar juntos, trocando ideia sobre música, coisas que a gente estava a fim de tocar. Com o tempo os outros membros da Ahab foram vindo nos ensaios, mais alguns amigos de fora, e acabamos virando a sorosoro, bem nesse período em que a gente estava começando a sair do isolamento, era meio que um escape, voltar a ter contato e fazer música com pessoas. Pelo fato de termos muita gente na banda, a gente sente que todo mundo precisa achar o seu lugar dentro da música, e a gente só consegue fazer isso nos ensaios. Várias jams viram músicas que são incorporadas nos shows e essas composições estão sendo compiladas para o nosso disco. Estamos com oito canções já prontas, algumas vão na linha mais pop e noise da “Anêmica”, outras são bem fritaceira, com muitos efeitos de guitarra, parede de ruído. Como ainda não temos data para lançamento, para sentir o gostinho a galera precisa colar nos shows.

Foto: Naime Luciani

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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