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v7tinho se afirma com “Estações”, EP em parceria com Pizzol

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Há sete anos, o rapper Victor Alexandre Medeiros, o v7tinho, deixou São Paulo para fixar residência em Brusque, onde começou a fazer música. Sem experiência, tanto o artista quanto o produtor Juba nesse beat, fizeram o EP “Prefácio”, que saiu em 2019, com batidas retiradas do Youtube e muita vontade de aprender. A dupla voltou a colaborar nos singles “Cancelado” (2022) e “Te vejo”, seu último trabalho, que saiu em dezembro. 2023 foi um ano de afirmação para o MC, que divulgou o seu terceiro EP, “Estações”, gravado em parceria com Pizzol, nome conhecido da cena do rap nacional, outro paulistano radicado na cidade do Vale do Itajaí. Apesar da curta trajetória, v7tinho vem enfileirando uma série de lançamentos, sendo um EP em 2020 e oito singles, incluindo “21” (2023), produção do guru da região Nnay Beats.

Único artista na família, o rapper cresceu ouvindo black music. Talvez por isso e pelo fato de fazer som com produtores diferentes que a sua obra seja diversificada. “Acho que não me encontrei ainda como artista, acredito que nem quero também. Gosto de estar surfando nesses estilos, não ficar preso numa coisa só”, contou v7tinho, que transita entre o rap, o R&B e o pop, sempre com assinatura própria. “Estações” tem esse nome pois foi preparado durante todo o ano de 2022 e traz diferentes climas nas sete faixas. Trabalhar com Pizzol, que além de colaborar com a cena local (Quarto Cômodo & Nnay Beats, Entidathe, Dimi CL), já produziu ou mixou artistas como Djonga, Tasha & Tracie, Febem, DonCesão, entre outros, elevou o nível da música de v7tinho, que espera repetir a dose neste ano. Em contato com o Rifferama, v7tinho comentou sobre a vontade de se reinventar e a parceria com Pizzol.

— Comecei a produzir o “Estações” com o Piz no final de 2021. A gente tinha soltado uma música um ano antes, “Mó sol”, foi nosso primeiro trabalho juntos, a gente curtiu, sentiu a conexão e decidimos fazer outras coisas. Não tinha nome, conceito de nada, só fomos vendo o que conseguiria tirar de positivo das outras músicas. “Estações” é totalmente explicativo, são músicas para curtir, que lembram o verão, e outras mais introspectivas, que lembram o inverno. Usamos das quatro estações do ano para poder fazer esse projeto. Foi uma satisfação enorme trabalhar com o Pizzol, tirando tudo o que ele já é na música, como ele foi comigo como pessoa, ter me apoiado e querer fazer esse trabalho junto por ele ter curtido a forma como faço música, sou muito grato por isso. Estou passando por um período de querer mudar um pouco artisticamente, me conhecer um pouco mais. Ainda não tem nada sólido, mas espero lançar mais um trabalho em 2024.



Foto: Arlesson Mf

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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