cambirela-rifferama

Cambirela valoriza o local para ser universal no EP “Nós”

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Lord Whisky Distillery, Camerata Florianópolis e Biguanet Informática


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A Cambirela, de Palhoça, vinha trabalhando nas músicas de “Nós”, que saiu em abril deste ano, desde 2019. Se por um lado a espera pelo EP foi longa, esse período serviu para que a banda formada por Arthur Maciel Paim (vocal, guitarra e acordeon), Renan Martins (guitarra), Maykon Jovino (baixo) e Vitor Folster (bateria) pudesse incorporar outras referências para aprimorar o seu rock alternativo agridoce, que é como o grupo denomina a sua sonoridade. Gravado no estúdio Little Room, com produção de Thales Stipp, com exceção da captação de bateria, que foi realizada no AeroTullio Sound Distillery, o material traz cinco faixas, incluindo “Submerso”, primeiro single e videoclipe, lançado em março, e apresenta influências diversas, de Radiohead a Tame Impala, passando por Mutantes e Los Hermanos. Além do audiovisual, a Cambirela filmou uma live session para o coletivo A Bolha.

E falando em coletivo, ser de Palhoça é uma parte importante na constituição da banda. O objetivo do A Bolha, que conta também com os grupos AKANOÁ e Yaju e os Hipertensos, a artista plástica Nicole Kirchner e o poeta Willian Schüitz, é integrar diferentes artistas da cidade e região, buscando visibilidade. O vídeo foi gravado no estúdio Octopus Soundbox e toda a parte técnica ficou responsável por integrantes do coletivo: Jorge Kloppel fez a direção de vídeo, Anderson Durval a edição, Dierre Pichorz a gravação, mixagem e masterização, com Yago Jukowski de auxiliar, o making of é de Willian Schütz e arte gráfica por Thiago Duarte. Em contato com o Rifferama, o vocalista Arthur Maciel Paim comentou sobre o processo de produção de “Nós” e o impacto que esse espírito de colaboração presente n’A Bolha trouxe para a Cambirela.

— Fizemos a pré-produção com o Thales (Stipp), que virou nosso amigo e só recebeu elogios na parte da mixagem e masterização. Um ponto que foi positivo e negativo é que demorou um pouco, mas devido a isso pudemos ter novas referências sonoras. Às vezes uma música é concebida de um jeito e depois de todas as ideias que foram jogadas ela acaba se tornando algo diferente. Foi interessante por esse lado. Acho importante a gente valorizar que e daqui. Palhoça tem arte e cultura, sim, e A Bolha pode ter esse papel de reunir os nossos artistas. Tem muita troca de experiência, diferentes pontos de vista e conhecimento técnico. O coletivo é um ambiente que proporciona isso, esse debate a todo instante, é muito prazeroso estar fazendo parte desse movimento.


Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *