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Carta Oro segue revival do rock setentista na Ilha em EP

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Em 2021, os amigos Felipe Pineroli (voz), Thiago Borges (guitarra), Vitor Munari (baixo) e Théo Machado (bateria) se encontravam na garagem do vocalista para fazer um som. À medida em que foram aprendendo a tocar, as primeiras jams começaram a sair e a banda, que ganhou o nome de Carta Oro, formou um repertório de covers de rock clássico e blues e passou a tocar em festas por Florianópolis. A vontade de criar falou mais alto e, inspirados por grupos da Ilha como The Cegus, Psilojam e Nouvella, o quarteto apresentou em setembro do ano passado o EP “Taste for Sweet Things. Com três faixas, o material foi gravado ao vivo em três dias no Studio 186, por Misael Pacheco, responsável também pela produção, mixagem e masterização. A sonoridade é aquele bom e velho rock and roll com ares dos anos 70 e referências como Black Sabbath, Free e Grand Funk Railroad.

O processo de composição da Carta Oro é bastante intuitivo. Todas as músicas surgiram de improvisações durante os ensaios. Se Borges vinha com um riff interessante, a banda gravava no celular para não esquecer e retomava no próximo encontro, adicionando as outras camadas do instrumental. Pineroli acrescentava o texto por último, quando a base já estava quase pronta. A última canção do EP, “Dive”, teve a letra escrito no dia da gravação, no estúdio. “A “Dive” a gente tinha o começo, o Misael viu potencial e começamos a fazer na hora ali mesmo e saiu essa música. Vejo ela como uma obra de arte mesmo, tem mais energia depositada no negócio. Estamos muito felizes em ver nosso som no mundo, agora vai estar pra sempre por aí”, comentou o Théo Machado. Em contato com o Rifferama, o baterista falou sobre o começo da banda, a produção de “Taste for Sweet Things” e os planos para 2024.

— Como a gente tinha a garagem do Pine, a gente ia pra lá e ficava tocando, criando, fazendo jam o tempo inteiro. Acabou que essas músicas do EP saíram todas de jams. As letras foram todas criadas por ele e a parte instrumental todo mundo ajudou e fez. A gente era bem leigo, nunca tinha gravado nada, o Misael tem a nossa idade e a gente se sentiu em casa, ele nos deu muitas dicas. A gente chegou com a música na cabeça e queria passar pra gravação, ele fez tudo com paciência e deixou o negócio foda. Eu acho animal as músicas, o instrumental, a voz, as letras, o jeito que foi feito. Paramos um pouco de fazer show, estamos criando e queremos gravar uma álbum de umas oito músicas pra esse ano, se tudo der certo. Vai mudar um pouco a sonoridade, esse primeiro EP tem uma pegada mais nervosa, a gora a banda foi um pouco pro blues, estamos estudando mais, deu uma influenciada um pouco, não vai ser mais leve, mas será diferente.

Foto: Pedro Parizato

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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