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“Rosagreste”, novo trabalho da cantora e compositora Clara Poema, traz duas novidades. A primeira, é o seu retorno para Blumenau, onde começou a sua carreira na música com o grupo Ozuê, em 2012. “Todas as plantas”, seu álbum de estreia, lançado em 2022 e um dos melhores registros daquele ano segundo o Rifferama, foi gravado na Chapada dos Veadeiros (GO), e traz uma sonoridade com referências do rock psicodélico sessentista e da Tropicália, com convidados e diversos elementos — flauta, viola caipira, percussão. As duas faixas de “Rosagreste”, “Artemísia” e “Afrodísia”, mergulham na mitologia feminina e apostam na simplicidade e apresentam uma mudança estética em relação ao disco. O material tem captação, mixagem e masterização de Jerfeson Falk, e conta com letras, composição, voz e produção de Clara, acompanhada por André Ribeiro (guitarra), Heinz Neto (contrabaixo e teclas) e Totó Fonseca (bateria).
A temática de “Rosagreste”, voltada para a mitologia feminina, não é explícita, mas Clara Poema se inspirou nas deusas Ártemis e Afrodite para escrever as letras das canções, que falam sobre a busca da liberdade, da descoberta de novas paisagens, tanto externas quanto internas, de ver a vida com um olhar renovado de deslumbramento. Atualmente, a artista se divide da divulgação desse trabalho e na preparação de um repertório para um novo show, com um apanhado da sua carreira até o momento e também músicas inéditas em formato reduzido, no máximo em trio. “Para facilitar e adaptar para vários espaços, provavelmente vou ser acompanhada pela guitarra e alguma percussão ou bateria. Sinto muito o meu som para propostas de escuta mais intimista”, contou a cantora e compositora. Em contato com o Rifferama, Clara Poema falou sobre o seu interesse por mitologia e também a mudança de direcionamento musical.
— Teve de fato uma mudança estética. Eu optei pela simplicidade em “Rosagreste”. “Todas as plantas” tem muitas camadas, arranjos mais complexos, mas ele não é tão praticável ao vivo. Nas vezes em que foi executado tivemos que fazer algumas adaptações para tentar chegar próximo do álbum. Eu gosto da ideia do power trio, essa sonoridade mais crua. A banda que gravou comigo são músicos que me acompanham há um tempão, estamos bem entrosados nas ideias e todos eles trouxeram contribuições. Eu fui levando para onde eu queria que soasse. A gente continua dentro desse universo do feminino, não sei se algum dia eu vou sair disso. Estou falando do lugar onde me expresso melhor. Tem uma pegada levemente diferente, não sei se fica tão óbvia assim essa referência à mitologia, de fato tem, eu leio muito sobre e gosto desse assunto. Os dois títulos sintetizam bem o espírito de cada música, principalmente para quem já leu sobre.
Ficha técnica
Letras, músicas, voz e produção: Clara Poema
Captação, mixagem e masterização: Jeferson Falk
Guitarra: André Ribeiro
Contrabaixo e teclas: Heinz Neto
Bateria: Totó Fonseca
Voz de apoio: Jony Falk
Fotos: Eliane Cortellini
Maquiagem de figurino: Mayara Cruz
Assessoria de maquiagem: Sharon Lange