O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis, Biguanet Informática, Lord Whisky Distillery e TUM Festival
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
A Mang, como o nome sugere, tem as suas raízes fincadas na música regional. Catarinense, do Sul e também brasileira. O primeiro EP, “De frente pro mar, de costas pra serra”, é uma carta de apresentação das influências de Lucas Thys (voz e guitarra), Pedro Germer (guitarra), Tomás Marchioro (baixo) e Gustavo Grillo (voz e bateria). O fio condutor é o rock, mas a sonoridade que o quarteto registrou com produção musical de Misael Pacheco caminha por diversos ritmos como o baião, o samba, o folk (de folclore) gaúcho e ilhéu — e a emoção quando alguém cita Grupo Engenho como referência, como fica? Na parte lírica, o repertório de estreia também se conecta com o local, trazendo reflexões sobre o entorno social e geográfico da banda, que é de Florianópolis. “Não acho que o que fazemos é algum tipo de crítica social, é mais uma constatação. Na música conseguimos abordar certas questões mais sérias com alguma desenvoltura, um conteúdo textual que trata de questões problemáticas da vida cotidiana”, destacou Pedro Germer.
Enquanto “De frente pro mar, de costas pra serra” tem uma temática geográfica, o álbum “Os loucos anos 20”, que ainda não tem previsão de lançamento, aborda questões filosóficas e sociais a respeito de situações vividas nesta década como as catástrofes climáticas, o alto custo de vida, a ascensão da extrema direita, a pandemia do Covid-19, entre outros assuntos. A variedade musical se dá, para além do gosto eclético dos integrantes, também por uma divisão na composição: o EP tem duas canções escritas pelo vocalista e guitarrista Lucas Thys e outra pelo baterista Gustavo Grillo, que também cantou na faixa, ampliando as opções da banda. Em contato com o Rifferama, Thys afirmou que o disco já existe, o grupo no momento trabalha na gravação das demos definitivas e também na inscrição de projetos em editais para viabilizar a produção desse material. Caso essa tentativa não seja bem-sucedida, a Mang vai criar um financiamento coletivo para botar “Os loucos anos 20 no mundo”.
— A gente é bem eclético, parte dessa primeira geração da internet que pegou muita coisa só pela quantidade de acesso. Queria fazer algo que remetesse ao regional, pegando influência do Boi de Mamão, Grupo Engenho, a gente é muito uma consequência do Mané Beat, essas identidades regionais e globais estão muito entrelaçadas na gente. Nunca me satisfiz em fazer uma música em um gênero musical, tenho buscado misturas, interseções, originalidade, isso tem sido muito o foco. Já tocamos o álbum ao vivo, é bem nessa pegada, essa mistura do samba, do baião, da música regional, incorporado ali nessa roupagem meio rock e pop, uma canção moderna. Uma das músicas que estão no Youtube se chama “Campeia” tem uma citação ao Boi de Mamão. Estamos desenvolvendo o áudio, nos inscrevemos em editais, não tem muita previsão, se formos contemplados vamos fazer e lançar provavelmente em junho do ano que vem. Se não talvez a gente vá tentar um financiamento coletivo.
Foto: André Thys
A criatividade da banda mang começa na composição e vai crescendo e incorporando grooves e riffs até alcançar...novamente a composição , a letra, a melodia .É um ciclo espiral de criatividade. Assim, você ouve a mesma música várias vezes e o resultado é que quer ouvir de novo !