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Orthostat: death metal conceitual e feito à moda antiga

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A Orthostat, de Jaraguá do Sul, é daquelas bandas adeptas do DIY (Do It Yourself, ou faça você mesmo no bom português). O próximo álbum do grupo, “The Heat Death”, que está em fase de produção e será lançado no segundo semestre, é um trabalho em conjunto: todos se envolvem, da captação à mixagem e masterização. O videoclipe de “Radioactivity”, segundo single do repertório do disco, divulgado no dia 1º de janeiro, também foi feito a oito mãos. E mais, ao contrário de “Monolith of Time” (2019), registro de estreia do quarteto, o novo material traz composições de David Lago (voz e guitarra), Rudolph Hille (guitarra), Eduardo Rochinski (baixo) e Igor Thomaz (bateria). A pluralidade de ideias durante o processo de composição e gravação promoveu um salto de qualidade no death metal praticado pela Orthostat, que se inspira em nomes dos anos 1990 como Incantation, Autopsy e Malevolent Creation.

Enquanto o primeiro álbum conta a história de civilizações antigas, “The Heat Death” segue a proposta da banda de fazer discos conceituais e trata do surgimento e do fim do universo. As letras têm palavras fortes e acabaram influenciando a sonoridade do grupo, que está soando mais pesado. O novo trabalho também apresenta elementos diferentes, como passagens de violão e teclados, solos de bateria e baixo, “não de uma forma espalhafatosa”, assegura Rudolph Hille, e um vocal mais trabalhado, com um alcance maior. Em contato com o Rifferama, o guitarrista, que é responsável pela parte técnica de estúdio, falou sobre o lançamento futuro e a temática por trás de “The Heat Death”. A Orthostat tem dez apresentações agendadas até setembro, incluindo datas no Paraná e no Rio Grande do Sul: a banda toca em Florianópolis no dia 19 de agosto, no Haoma Baixo Centro, ao lado de Red Razor, Toxic Rotten e Sepulcro.

O “Monolith of Time” pegou uma transição de formação, agora a banda toda está produzindo o segundo disco, todo mundo participou ativamente da construção das músicas e sentimos que vamos dar um passo pra frente na questão da originalidade e criatividade, trouxe uma riqueza bem grande. “The Heat Death” é bastante mórbido, o David (Lago, vocalista) estava estudando bastante física e astronomia e ele conseguiu transformar nesse conceito. Agora temos uma formação consolidada e temos um entrosamento de ideias mais claro, isso refletiu no nosso som. Vamos lançar o disco em CD e cassette e, se tudo der certo, em vinil, além das plataformas digitais. Os singles (“Null” saiu em 2019) estarão no álbum, mas de maneira diferente, são gravações novas. Sempre gostamos de apresentar uma novidade a mais.

Foto: Thaís Ribeiro

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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