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“Alomorfia”, substantivo que significa transformação ou metamorfose, é o título do segundo EP da Pétala Quinto & Os Alomorfes, previsto para sair em setembro, e tem tudo a ver com o grupo. Zeca Zendron (piano, guitarra e voz), Vitor Cunha (guitarra), Vicente Ebrs (baixo) e Antonio Silva (bateria) tocam juntos desde 2017, quando integravam Os Dalits. Conhecida pelo repertório de covers, a banda formada em Brusque mudou de nome para consolidar um trabalho autoral que estava em andamento. Outra transição que vem acontecendo diz respeito à busca por uma sonoridade própria: o single “Tempo de verdades”, lançado em abril, já apresenta outra banda em relação ao EP “Romances & suspenses”, de 2021.
Com mais experiência em estúdio, a Pétala Quinto & Os Alomorfes aposta numa timbragem mais limpa, deixando um pouco de lado o foco nas guitarras distorcidas, explorando novos elementos. Em contato com o Rifferama, o vocalista Zeca Zendron informou que o quarteto divulgará outros dois singles antes de liberar o EP completo, com cinco músicas, incluindo “Vielas”, que foi premiada como melhor letra (e segundo lugar na classificação geral) no 1º Festival da Canção de Brusque, realizado no último sábado (11), no Teatro do CESCB. Produzido por Davi Carturani, do Estúdio Pistache, “Alomorfia” traz uma banda se descobrindo e não se limitando a referências antigas.
— Essa busca pela sonoridade própria vem de a gente ser uma banda cover antes. No início acontecia muito de eu compor em casa sozinho, levar melodia e harmonia pra galera arranjar em conjunto e, por todo mundo ter essa mesma referência de indie rock do começo dos anos 2000, acabava ficando muito evidente nas composições. Quando começamos a produzir as nossas músicas não queríamos lançar um material maior com o nome Os Dalits pra não carregar essa identidade de banda cover, de ir tocar em algum lugar e o público pedir. O novo EP vai ser a nossa fase colocando a nossa cara mesmo, mais verdadeira, de identidade sonora.
Foto: Rafael Klein
