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(Re)Descobertas da quarentena: Calinho Luminoso (Capim)

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Calinho para uns, Luminoso (ou Lumi) para outros. Carlos Arnoldo Queluz Filho, de Brusque, é um dos novos expoentes da música feita em Santa Catarina. Antenado, o cantor e compositor do Capim, duo com Didi Maçaneiro, faz um folk com referências modernas, mas sem deixar de lado as raízes. O primeiro álbum da dupla, lançado em 2019, é referência do que melhor temos na produção autoral catarinense.


Coldplay – Everyday Life (2019)

Nessa quarentena ando fazendo algumas lives especiais de artistas que o pessoal me pede e esbarrei neste disco maravilhoso do Coldplay. Eu parei de escutar a banda no álbum “X&Y” então fazia bastante tempo que não dissecava algo do trabalho deles. Este disco é de 2019 e pra mim é o seu melhor disco. Ele foge do carimbo pop da banda e entra num mundo mais abstrato, sem regras, sem moldes, sem precisar de um hit. Adoro álbuns livres e quando uma banda deste tamanho pode trabalhar assim, nós compositores, fãs, produtores e todo mundo que se interessa por música ganha!


Aldir Blanc – Vida Noturna (2015)

Ano passado sussurrei uma música ao meu parceiro Didi Maçaneiro e ele logo me falou: “Resposta ao Tempo”,  Aldir Blanc e Cristovão Bastos. Então fui procurar essa música e me esbarrei com esse disco maravilhoso, voz, violão e piano, minimalista, do jeito que gosto. Eu tinha visto a pouco tempo um documentário muito bacana sobre o Aldir e sua figura se mostrou muito carismática a mim. Todo mundo sabe que o Aldir é um dos maiores letristas do nosso país, sendo interpretado pelos grande cantores brasileiros e na grande maioria dos casos os letristas se reservam a este papel, de falar através da voz de outrem. O mais bacana deste disco é que todas as músicas são cantadas por Aldir, do jeitão dele, com o sotaque carioca, como se não quisesse nada mas cheio de emoção e personalidade, um disco que eu já tenho um carinho enorme.


Bon Iver – 22, a Million (2016)

Este disco extrapola e explora a liberdade de produção e eu a cada dia que passa procuro mais álbuns onde o artista não está sufocado. Amo, amo e amo demais a ousadia da criatividade, o amor pelo novo e principalmente a insegurança de experimentar, esse tipo de álbum faz eu acreditar na longevidade não só da música mas da minha vontade de fazer música, são álbuns assim que deveriam brotar diariamente sobre os nossos olhos quando abrimos nossas plataformas de streaming, pois é muito mais que música, eles mostram como quebrar paredes e pontualmente sobre este álbum, feito em home studio, ele nos mostram que simplesmente é possível, basta querer!

Foto: Diego Cavichiolli


Bônus: Capim – Capim

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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