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Poucos artistas ou bandas em Santa Catarina têm repertório para formar uma coletânea. O cantor e compositor Fábio Della gravou duas. “Re-Uni” e “Re-Uni 2”, lançados em 2018 e 2020, respectivamente, foram o ponto de partida da carreira solo do músico de Florianópolis, que hoje vive em Nova Lima (MG). O material, que traz releituras de canções dos seus projetos anteriores (Aerocirco, Della/Peixoto e Monocine), também rendeu um álbum ao vivo, que saiu em 2019. Em 18 de fevereiro, Della apresentou “Minha casa é doce”, que pode ser considerado o seu primeiro trabalho solo, com dez faixas inéditas.
Produzido durante a pandemia da Covid-19, o terceiro disco solo de Fábio Della segue a estética folk das duas coletâneas, mas tem uma sonoridade ainda mais intimista. “Minha casa é doce” foi sendo liberado aos poucos, semana a semana, a partir de 16 de dezembro do ano passado, com a música que batiza o lançamento. Sem poder reunir os amigos no seu estúdio, “Minha casa é doce” tem as participações do eterno parceiro Mauricio Peixoto na voz e guitarra em “Fim de ano” e Thiago Mates (Stella Folks) dividindo os vocais de “Sujeito oculto”. A família do artista também colaborou com as gravações: a mulher Marcelle canta em duas e a filha Alice em uma.
— O “Re-Uni” era para ser um disco só, metade releituras e metade inéditas. Eu tinha muitas músicas que estava compondo, e essa história de não poder receber a galera usei como uma espécie de terapia. Gravei tudo, baixo, bateria, guitarra, teclados. Nunca quis ser um multi-instrumentista, a questão é o quanto você explora a sua capacidade criativa usando sistemas cognitivos diferentes. O automático é o pior dos hábitos de um compositor. Esse disco tem esse lado mais cru, procurei usar menos técnicas de gravação e usar a coisa mais natural, sem correção digital ou overdubs. Ele soa mais suave, pois as letras estavam falando de sentimentos muito profundos meus.
Foto: Bimise