mangues-rifferama

Mais experimental, Mangues trabalha na mixtape “Mundiça LAB”

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini KalzoneCamerata FlorianópolisBiguanet InformáticaTUM Festival e Nefasta Cervejaria


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A Mangues começou a ensaiar em 2014 no sótão da avó de Caio Rosa (voz, guitarra e teclas), em Capoeiras, Florianópolis, tocando covers de Silverchair, Nirvana e Pearl Jam. A banda, que já foi quarteto e quinteto, sempre teve como núcleo principal o trio formado por Caio, Arthur Cruz (voz, bateria e teclas) e Nicolas Wolff (voz, baixo e guitarra), mesmo que dois deles já tenham se ausentado por breves períodos. As primeiras composições foram surgindo enquanto o grupo tentava encontrar uma sonoridade própria. O repertório dos shows foi construído sob quatro pilares: rock, reggae, rap e música brasileira. A Mangues também teve uma época bastante inspirada em Chico Science & Nação Zumbi (de onde veio o nome da banda, que já foi Mangues & Overdrives). O primeiro lançamento, no entanto, só veio em 2021 com o EP “Mangues”, gravado um ano antes.

Após uma temporada no Campeche, o grupo retorna às raízes e volta a ensaiar no Continente. O espaço montado na casa de Caio Rosa foi batizado de Mundiça LAB, onde o trio trabalha em uma mixtape de mesmo nome, que deve ser divulgada por completo até a metade de 2024. São sete músicas no total, sendo que duas já foram liberadas nas plataformas digitais — “Charme” saiu em setembro do ano passado, incluindo um videoclipe, e “Fika dik” chegou no dia 6 de janeiro. São dois objetivos para este ano, em que a banda completa uma década. Além de finalizar “Mundiça LAB”, o trio pretende voltar aos palcos e, por isso, está em busca de um baterista para somar nas experiências sonoras. Em contato com o Rifferama, Arthur Cruz falou sobre os próximos passos da Mangues e também da sonoridade da mixtape. A principal diferença em relação ao primeiro EP é o uso de batidas eletrônicas e também o flerte com outros gêneros.

— Começamos a nos encontrar semanalmente em 2023 para produzir esse novo projeto. “Mundiça LAB” é um experimento bem legal que estamos fazendo, temos mais experiência agora. “Charme” é uma mistura de elementos, do funk com rock e rap. Ao contrário do primeiro EP, a questão de bateria e percussão está sendo trabalhada de forma muito mais eletrônica, as harmonias são mais trabalhadas, mas a mixtape segue numa mesma cadência de melodia, e uma coisa que permaneceu e vimos que é um estilo nosso de contar histórias, tentar passar umas mensagens. Um exemplo disso é “Fik dik”, o segundo single. Esse novo trabalho vai beber de várias fontes, é uma música alternativa, experimental. Vamos lançar uma música no dia 2 de fevereiro chamada “Não ditos” e no dia 16 o single “Dia normal”, que estamos apostando. Queremos trabalhar nessa questão de voltar a tocar, planejando essa nova fase da Mangues com o “Mundiça LAB” mixtape.


Foto: Rodrigo de Pinho Franco

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. Da hora!! Ansioso pelos novos sons que vem por aí, essa galera só manda sonzeira!!

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *