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Rodrigo Daca (ainda) sabe escrever uma canção como poucos

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O Brasil era muito diferente em 10 de março de 2016, data do último lançamento do cantor e compositor Rodrigo Daca, “Voltas”. Nesses seis anos de inatividade, digamos assim, o artista esteve bastante ocupado: trabalhou em rádio, começou a fazer voz e violão na noite e até entrou para uma banda de metal alternativo. Culpa de Alexei Leão, também cantor e compositor, e que tem a sua assinatura em praticamente todos os trabalhos de Daca, d’Os Jerusos ao projeto solo, seja como produtor ou no comando da mixagem e masterização. A amizade de mais de duas décadas, que se estreitou no grupo Xei & Sons In Black, ganhou um capítulo especial com “Meu amigo, boa sorte”, single lançado no dia 1º de setembro nas plataformas digitais. Gravada no Bárbaro Estúdio, em Florianópolis, a música traz Leão cantando pela primeira vez em português, mais as participações de Maurício Peixoto nos vocais e na guitarra, Diego Stecanela nos teclados, Marco Mibach na bateria e Andrei Leão no baixo.

Com quatro álbuns e dois EPs no currículo, Daca mostrou que ainda sabe escrever uma canção como poucos, e “Meu amigo, boa sorte”, que encerrou um bloqueio criativo do artista, segue a tradição dos seus trabalhos anteriores de estar rodeado de amigos. Os Outros Bárbaros Maurício Peixoto e Diego Stecanela já participaram da banda de apoio do compositor, Os Faixa-Preta, enquanto Mibach o acompanha pelos botecos da vida. Em contato com o Rifferama, Rodrigo Daca falou sobre o processo de composição e produção do novo single e exaltou o time que conseguiu reunir em estúdio no seu retorno depois de seis anos. “É uma puta banda pra uma das melhores músicas que já escrevi”, afirma.

— “Voltas” saiu três anos após o “Ímpar”; o “Ímpar” foi três anos depois do “Mundo novo”; o “Volume um” é de 2007. O que mais demorou foi esse single mesmo, era pra ter sido em 2019, mas não estava inspirado como acho que fiquei no ano passado, na pandemia, depois de ficar sem tocar. “Meu amigo, boa sorte” foi feita com base na experiência que todos tivemos e mandei para o Xei perguntando o que ele achava. Ele sempre foi um cara muito presente no meu trabalho, desde 1999, e a participação dele foi demais. Ele entendeu a música e escreveu dentro daquilo que ela pedia. Conheço o Maurício desde a primeira banda de blues que tivemos, em 1995, e fiquei surpreso com ele nessa nova fase de produção. A gente deu uma baita refinada na música, que era muito simples. Adorei o resultado final, foi além do que eu poderia imaginar e acho que as pessoas vão gostar também.

Ficha técnica

Rodrigo Daca: vozes e violão
Alexei Leão: vozes, percussão e sintetizador
Maurício Peixoto: Guitarra e voz de apoio
Diego Stecanela: Órgão e piano elétrico
Andrei Leão: Baixo
Marco Mibach: Bateria

Produzido por Alexei Leão, Maurício Peixoto e Rodrigo Daca
Gravado no Bárbaro Estúdio por Maurício Peixoto
Mixado e masterizado por Alexei Leão

Foto: Jorge Daux

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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