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Adorável Clichê reflete sobre o peso das relações em single

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Em 2018, após cinco anos batalhando no cenário independente, a Adorável Clichê, de Blumenau, conseguiu uma boa exposição com o disco “O que existe dentro de mim”, que figurou em listas de melhores álbuns de diversas publicações daquele ano. Durante a pandemia, o grupo que consiste hoje em Gabrielle Philippi na voz principal e na guitarra, Marlon Lopes da Silva na guitarra e na voz, Felipe Protski na guitarra, no sintetizador e na voz, e Gabriel Geisler no baixo produziu cinco músicas: “Derrota” (julho de 2020), “Mar aberto” (agosto de 2021), “Cadência” (dezembro de 2021), “Papel de trouxa” (abril) e “Alarmes e relógios” (julho). Os singles, com produção da própria banda, se destacam por experimentar sonoridades e estilos diferentes, além da qualidade habitual apresentada pelo quarteto, que soma mais de 18 mil ouvintes mensais nas plataformas. 

A exemplo de “Papel de trouxa”, que mostrou uma faceta mais pop, com mais synths e menos guitarras em relação às canções anteriores, principalmente “Mar aberto”, bastante influenciada pelo post-rock, “Alarmes e relógios” foi mixada e masterizada pelo produtor Guilherme Chiappetta, conhecido pelos trabalhos com bandas como Terno Rei e Raça e responsável pela master do disco de estreia da Adorável Clichê. Segundo a vocalista e compositora Gabrielle, que escreveu a letra e também desenhou a capa do single, que busca expressar o sentimento de vazio e tristeza. O instrumental da música, simples, mas melancólico, serve ao texto e aproxima o ouvinte do conceito da faixa, composta após um período de reflexão sobre relacionamentos que se deterioram com o tempo.

— Quando ficamos muito perto das pessoas, os espaços, ânimos e humores podem começar a se misturar e se bagunçar. Elas podem ficar emocionalmente dependentes e criarem mágoas. Esses sentimentos vão se manifestando fisicamente ao nosso redor através de bagunça e sujeira que se espalha pela casa —  isso está em toda parte e é impossível ignorar. É importante sabermos reconhecer nossos limites e os dos outros. Acho que nossas emoções são ponteiros importantes para entendermos se algo em que estamos envolvidos está ou não sendo bom. É uma obviedade que esquecemos no calor do momento.

Foto: Bruno de Oliveira e Georgia Barcellos

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. Muito bom! Single muito show!

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